Salvador Malheiro garante que “onde está a floresta, vai continuar a floresta”

2022/02/15

Salvador Malheiro, presidente da Câmara Municipal de Ovar, garantiu que o município de Ovar “está pronto para investir a sério, em floresta” e defendeu que a autarquia “não está à espera das receitas” que possam advir da gestão florestal, que está a ser levada a cabo no “grande pulmão do concelho”, disse. Estas declarações do presidente da autarquia vareira tiveram lugar na conferência de imprensa, que decorreu na tarde de 9 de fevereiro, no Salão Nobre dos Passos do Concelho, que contou com as presenças de Nuno Sequeira, vogal do Instituto da Conservação da Natureza e da Florestas (ICNF), e de António Sá, Sérgio Vicente, Miguel Silva e Bruno Oliveira, presidentes das Juntas de Freguesia de Esmoriz, Cortegaça, Maceda e União de Freguesias, respetivamente. Sobre as origens da polémica, Salvador Malheiro revela que os seus autores “só podem ter enveredado por esta luta por falta de conhecimento, ou, eventualmente, por estarem mal-intencionadas”, referindo que “infelizmente, neste tipo de situações, pode tentar-se tirar partido político e poder-se-ão levantar algumas especulações”, disse. E foi mais longe, ao destacar ter ouvido que, “inclusivamente, no meio de tanta desinformação, o abate em algumas parcelas poderia estar ligado a transformar aqueles terrenos, que estão sujeitos a essas condicionantes, fruto da classificação em PDM, em áreas para construção imobiliária”. Sobre este assunto, o edil assegurou pretender “deixar claro que não vale a pena alimentar essa polémica de pensar que se está a devastar tudo, que vamos cortar a mata toda, ou que se vão criar aqui hotéis e outras construções”. Afinal, “onde está a floresta, vai continuar a floresta”, garantiu o presidente da Câmara de Ovar.

“Nós estamos a transformar uma área florestal, onde as árvores estão no seu fim de ciclo de vida” “Um aspeto muito importante, que importa ter presente no caso concreto do Perímetro Florestal das Dunas de Ovar, e do arvoredo que o compõe, é que a maioria do arvoredo possui a mesma idade, próxima do fim de ciclo da vida natural do pinheiro-bravo”, explicou Nuno Sequeira, do ICNF. Segundo Nuno Sequeira, “não cortar o arvoredo iria resultar em árvores caducas, que iam morrer, ser afetadas de pragas e doenças”, representando, deste modo, “um perigo para a segurança de quem percorre a mata nas atividades de recreio e de lazer”. Ler notícia completa na edição impressa

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