Linha de alta velocidade: Traçados do TGV em estudo implicam a demolição de dezenas de casas no concelho de Ovar

Ainda nada está definitivamente decidido sobre a construção de uma linha de alta velocidade que vai ligar o Porto a Lisboa, mas uma coisa já é certa: a passagem do TGV por Ovar vai sair cara à população vareira, nomeadamente aos aradenses e aos valeguenses. É que, nos dois traçados propostos pela tutela para a concretização do primeiro troço da obra do TGV, que irá do Porto até Soure, está prevista a demolição de algumas dezenas de casas no nosso território. Esta foi uma das conclusões dadas a conhecer pela Infraestruturas de Portugal (IP), numa sessão de esclarecimento promovida pela Agência Portuguesa do Ambiente, que teve lugar no Centro de Arte de Ovar, onde foram apresentadas as soluções para a construção da linha de alta velocidade, que vai transportar os portugueses entre as Estações de Porto-Campanhã e Lisboa-Oriente, numa viagem de aproximadamente 290 km, que deverão poder ser percorridos em uma hora e 15 minutos, a preços verdadeiramente concorrenciais. População de Arada está contra a passagem do TGV no seu território Depois de ter visto, contra a sua vontade, o desaparecimento administrativo da freguesia, na sequência da implementação da reforma que se traduziu na agregação das freguesias de Ovar, São João, Arada e São Vicente de Pereira, a população aradense está, agora, na continência de ver o seu território ser dividido pela nova linha onde circulará o TGV. Trata-se de uma obra cuja concretização provocará transtornos à população do nosso concelho, nomeadamente aos aradenses, que verão dezenas de casas de habitação terem de ser demolidas. O descontentamento com esta situação tem vindo a crescer no seio dos aradenses, que se reuniram por iniciativa da Herada - Comissão de Melhoramentos, no Centro Cívico de Arada, numa sessão de auscultação pública relativamente às propostas de traçado da linha de alta velocidade, que se encontram em análise. As intervenções foram incisivas e emotivas e da auscultação efetuada pôde concluir-se que a população de Arada “rejeita os dois traçados” em estudo. Câmara Municipal de Ovar defende Traçado A… “com condicionamentos” A Câmara Municipal deu parecer favorável à construção da Alternativa 2.1V (Traçado A), mas exige a “implementação de medidas de minimização” do impacto no território e nas populações afetados. A decisão de emitir “parecer específico favorável, mas condicionado” ao Traçado A surgiu na última reunião de Câmara, onde foi “rejeitada, em absoluto, a Solução B”, que a autarquia diz “penalizar, fortemente, a freguesia de Arada”. Numa nota que fez chegar à nossa redação, a Câmara Municipal adianta que, “este parecer favorável à Alternativa 2.1 está, contudo, condicionado à implementação de medidas de minimização, designadamente as que evitem ao máximo a demolição das construções existentes, sobretudo casas habitadas”. Ler notícia completa na edição em papel