Para definir as medidas a implementar, que entram no próximo dia 4 em vigor, o Governo seguiu, como destacou António Costa, o princípio da “máxima eficácia, mínima perturbação”, uma decisão que levou Salvador Malheiro a reagir. O autarca lembra que “infelizmente já sentimos, na pele, medidas restritivas muito apertadas apenas para nós”, numa altura em que “fomos discriminados pela negativa”, disse, recordando a cerca sanitária imposta a Ovar no início da pandemia. O presidente da Câmara de Ovar defende que “foi duro, para as nossas famílias e para as nossas empresas”, mas refere que “cumprimos e vencemos”. Agora, diz Salvador Malheiro, “o que nos preocupa, a sério, é o facto de quem está a gerir a pandemia, em termos nacionais, não demonstrar planeamento, preparação, estratégia e coragem”. O edil diz que o Governo está a gerir a pandemia “na espuma dos dias” e defende que quem acompanha António Costa “não aprendeu nada nos últimos sete meses” e aponta o que diz serem as necessidades que urgem ser colmatadas. “Precisamos de profissionais de saúde, no terreno, a telefonar e a rastrear contactos de risco; precisamos de profissionais de saúde, a fazer inquéritos epidemiológicos; precisamos de capacidade de testagem, para testar quem precisa de ser testado em tempo útil; e precisamos de isolar infetados e não infetados, para quebrar as cadeias de contágio”, refere o autarca. Salvador Malheiro defende que “o Governo não preparou nada sobre esta matéria” e diz que “as medidas apresentadas, mais parecem meras recomendações e orientações”, destacando “temer, infelizmente o pior”.
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